A Renascença foi um período de grandes transformações na humanidade e, muito significativo para o mundo empresarial, significou a transição do feudalismo para o capitalismo, o rompimento de estruturas medievais. De certa forma, após o maior período de recessão da economia de nosso país, a retomada das empresas deve buscar inspiração no espírito renascentista.
O Governo não terá recursos para alavancar esta retomada, ainda conviverá com déficits e o esforço para controlar a inflação, o que representa juros elevados ainda por um bom período. Serão estes juros elevados que possibilitarão a atração de capitais privados estrangeiros em busca de rentabilidade, e justamente poderão ser estes capitais a alavanca da retomada do crescimento.
Nos últimos anos, o mundo empresarial foi irrigado com a oferta de capitais para investimentos com juros subsidiados pelo setor público, que agora enfrentará o desafio de recuperar estes capitais, imersos na inadimplência de investimentos mal planejados, a grande maioria, ou dragados pela recessão que mingou seus fluxos de caixa. Compreender o fim desse ciclo é fundamental para a retomada das empresas.
As empresas necessitam agora romper definitivamente com este passado aliciador e dedicarem-se a revisão do seus planejamentos financeiro e econômico, como bons capitalistas e inspirados pelo Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci, representando a descoberta das corretas proporções e medidas de um bom empreendimento.